Sabão de origem vegetal polui menos
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Sabão vegetal
Químicos sintetizaram uma nova molécula de sabão que eles
batizaram de "sabão perfeito".
O composto é feito a partir de fontes renováveis, o que
permitirá reduzir drasticamente o número de produtos químicos em produtos de
higiene e limpeza, diminuindo seu impacto sobre o meio ambiente.
O sabão também funcionou melhor do que os sabões comerciais
em condições difíceis, como sob água fria e água dura - água dura é aquela que
possui sais de cálcio, magnésio e ferro, que são insolúveis em água e reagem com
os sabões, produzindo compostos insolúveis.
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Bolhas de ar sobre uma mistura de água e do novo sabão - ele espuma mesmo em água fria ou em água dura.
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"Esta pesquisa pode ter um grande impacto sobre a
indústria multibilionária dos produtos de limpeza," prevê o professor Paul
Dauenhauer, da Universidade de Minnesota, nos EUA.
Soja, coco e milho
Os sabões e detergentes convencionais são vistos como
prejudiciais ao meio ambiente porque são feitos a partir de combustíveis
fósseis. Quando entram na formulação de xampus, sabonetes ou detergentes, esses
sabões são misturados com inúmeros outros compostos químicos que acabam indo
pelo ralo.
A equipe desenvolveu um processo químico que consegue
combinar os ácidos graxos da soja ou do coco com anéis derivados de açúcares do
milho, formando uma molécula surfactante renovável chamada
óleo-furano-tensoativo.
O sabão de origem vegetal também forma partículas - chamadas
micelas - necessárias para a limpeza mesmo em baixas concentrações, o que
reduzirá o impacto ambiental dos produtos de limpeza, garantem os
pesquisadores.
A equipe patenteou o processo de fabricação do sabão e já
está licenciando a tecnologia para uma empresa privada.
Bibliografia:
Tunable
Oleo-Furan Surfactants by Acylation of Renewable Furans
Dae Sung
Park, Kristeen E. Joseph, Maura Koehle, Christoph Krumm, Limin Ren, Jonathan N.
Damen, Meera H. Shete, Han Seung Lee, Xiaobing Zuo, Byeongdu Lee, Wei Fan,
Dionisios G. Vlachos, Raul F. Lobo, Michael Tsapatsis, Paul J. Dauenhauer
ACS Central
Science
Vol.:
Article ASAP
DOI: 10.1021/acscentsci.6b00208
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